terça-feira, 3 de março de 2009

FICHAMENTO- DEMETRIO, DARCI – NÃO QUEBRE A CARA - INTRODUÇÃO À PRÁTICA DO JORNALISMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
DISCIPLINA: TEORIAS E MÉTODOS JORNALÍSTICOS
PROFESSOR(A): CARMEM
ALUNO: THIAGO MARTINS LOPES DE FARIA


1. Jornalismo? Uma Definição da Profissão 1036

Perfil do Jornalista

O jornalista busca a verdade até o fim, e se preocupa mais que tenha de fazer uma matéria contra sua vontade do quê não ter suas reportagens publicadas.

Prós e Contras da Profissão

Um dos momentos mais constrangedores para expressiva parcela de profissionais de imprensa é exibir o contracheque. A partir de 1988, com a crise econômica, o benefício das duas horas extras fixas, foi abolido quase totalmente. Os jornalistas embora estejam sempre em defesa dos direitos alheios, não é tão decidido quando se trata de defender os seus próprios interesses. Apesar de todas essas desvantagens como má renumeração, desorganização da profissão que você nunca vai morrer de tédio há constante dinamismo. Afinal de contas sempre tem novos acontecimentos.

Do que são vitimas os Jornalistas

Jornalistas e Publicitários - outras vítimas da permanente tensão - ocupavam o primeiro lugar em mortes por doenças cardiovasculares. Há Jornalista que tombam em plena atividade. Frequentemente, esses estão sujeitos à truculência policial, à arrogância de indivíduos. As vezes, os jornalistas são confundidos com a empresa que trabalham e tornam-se alvos dos contrários a empresa. Os jornalistas são vítimas ainda da violência autoritária e alguns não escapam vivos da violência contra eles.


Os bons Momentos do Jornalista

Os momentos de vitória existem. E não só por ocasião da descoberta ou da eventual punição dos culpados. Em fins de março de 1985 alguns jornalistas avistaram o ex-presidente Figueiredo, se encaminhado para a sala vip, e correram para entrevista-lo. Acostumado a berrar e mandar, dessa vez se deu mal. Os repórteres não podiam ser retirados da sala.

O cultivo a persistência e criatividade

O bom repórter jamais desiste, Para qualquer profissional que gosta do que faz, isso é muito importante. Mas mesmo assim o bom jornalista depara-se com bloqueios que nem o melhor profissional consegue furar. O que fazer em tais situações? Usar a imaginação.


Comportamento em grupo

Por suas tropelias, os profissionais de imprensa constantemente são alvo de críticas na própria imprensa. Muitas vezes os jornalistas em grupos se comportam, com a mesma falta de educação e compostura de certos turistas brasileiros no exterior.
É certo que jornalistas para realizarem um bom trabalho devem fazer tudo o esforço possível. Mas isso nada tem a ver com a falta de educação e agressividade. Em ocasiões de grupo eles costumam combinar o modo de agir, justamente para evitar atropelos. Só que na hora todos parecem esquecer-se do que foi combinado.

Erros, pecados e acertos do trabalho.

Nada pior para o jornalista do quê relatar certos fatos sem conferir se foi assim mesmo que eles aconteceram. Às vezes ele erra por deduzir os fatos apressadamente. É inaceitável não gravar uma entrevista não se pode confiar em anotações - pois é impossível acompanhar o raciocínio do entrevistado. A culpa pela divulgação de uma notícia falsa não cabe à fonte. Todo profissional é responsável por sua fonte. Em caso de dúvida, não publicar nada. A preocupação para não errar na imprensa é permanente, mas mesmo assim os erros acontecem.
Mas apesar de tantos erros a imprensa acerta. Informa o leitor direito esse é o papel da imprensa. Durante a grande enchente que devastou o Rio de Janeiro em Fevereiro de 1988, o Prefeito Roberto Saturnino garantiu aos repórteres que estava tudo sob controle na cidade. Quem acreditou, passou uma informação mentirosa ao público. Quem preferiu conferir, teve motivos de sobra para concluir que nada estava nem ficaria sob controle tão cedo. Na verdade, tão importante quanto conferir é ouvir a versão da outra parte.


Culpa da imprensa por acontecimentos ruins

Se as notícias não são boas, a culpa não é dos jornalistas. Não são eles que fazem pacotes econômicos, não tiveram nada a ver com a formação da dívida externa, não são responsáveis por gastos superiores à arrecadação, não nomeiam ministros incompetentes nem parentes para funções bem renumeradas, não autorizam aumentos escandalosos em seus contracheques, não votam trenzinhos da alegria nem despesas supérfluas, não dão desfalques nem fazem acertos com lobbystas. Jornalistas apenas informam o que acontece. E não é deixando de divulgar um fato que ele deixa de existir. Aliás, é interessante lembrar que se mesmo com toda vigilância da imprensa – cobrando, em nome de seus leitores, a presença em plenário de políticos muito bem pagos para trabalhar – eles não cumprem suas obrigações, imagine-se o que aconteceria se a malandragem não fosse tornada pública.


Serviço Público e Jornalismo

Não são poucos os jornalistas interessados em obter um bom cargo público. Para uma porção de jornalistas, tais benesses são perfeitamente naturais. A estreita ligação entre a imprensa e o governo é inegável, na prática torna-se um poderoso instrumento de controle sobre a capacidade crítica do jornalista e, em conseqüência, de toda imprensa. De representante da imprensa junto ao governo, o jornalista passa a ser um representante do governo junto à imprensa.





Reportagem e Notícia

A reportagem da vida e emoção ás páginas de um jornal ou revista. Ou programação de televisão e rádio. Por isso, todos os órgãos de comunicação preocupados com o bom jornalismo investem na reportagem.
A reportagem difere da notícia. A notícia quase sempre se resume as poucas linhas. A reportagem vai fundo no tema é abrangente, um trabalho de fôlego.


Qualificação e reciclagem dos jornalistas

A maioria dos jornalistas não busca a qualificação e reciclagem profissional. O que é um erro, pois só se chega a algum lugar com um bom preparo profissional. Por essa falta de aprimoramento profissional que os jornalistas mostram despreparo, principalmente, em transmissões ao vivo.
Os chefes de reportagem dizem que a melhor maneira de preparar quem começa na profissão é lançá-lo no fogo da reportagem policial. Por ser um setor que exige agilidade, perspicácia, capacidade de vencer obstáculos, entre outros atributos.


Assuntos que mais interessam aos leitores

Podem variar de um jornal para outro. Para o leitor comum interessa mais o que acontece ao seu redor. Da mesma forma, o drama de uma só pessoa desperta mais interesse humano do que um grupo.


Mercado de trabalho

O mercado esta saturado por isso as perspectivas não são boas para novos jornalistas. E para piorar o quadro o indício, é de que a situação piore. A quantidade de venda dos jornais, revistas e etc., só diminuem. Consequentemente a procura pelo curso de jornalismo diminuiu.

2. Descrença popular diante da imprensa. Contestação dos jornalistas diante do descrédito popular



O conceito popular da imprensa Brasileira, o porquê da descrença?

A percepção que o público tem da imprensa não é aquela que a imprensa gostaria que o público tivesse. Ela figura em oitavo lugar em grau de credibilidade, logo depois dos correios, professores, igreja, médicos, bancos, sindicatos e a justiça. A maioria do público acha que os veículos de comunicação distorcem os fatos para favorecer pessoas ou grupos. Apesar disso a imprensa levou à tona muitos casos de crimes, violação aos direitos humanos, fraudes, falcatruas, corrupção, dos quais você tomou conhecimentos no país nos últimos anos.
A descrença do povo é sem razão? Não. No período da ditadura militar a imprensa teve de calar a boca para que o povo acreditasse que tudo ia bem no melhor dos mundos. Fora, muitos os que apoiaram ostensivamente o golpe e boa parte, se não apoiou, tampouco assumiu posição contra ele. Aos poucos a Censura foi se alastrando a, praticamente, toda informação jornalística.







Reação da imprensa a censura

Recorrendo aos artifícios possíveis, começando por exercitar a criatividade, de modo a dizer na entrelinhas aquilo que não era possível ser dito às claras. O pasquim, já que não podia contar o verdadeiro motivo do afastamento dos seus redatores, simplesmente informava o seguinte: “Nossos melhores redatores estão gripados, perdão leitores”. Todo mundo entendia.

Nanicos e Grandões

Durante a vigência do AI-5 que ocorreu o boom da Imprensa Nanica. Esses jornais pretendiam resistir com as armas da sátira, ironia e irreverência, seguindo a trilha aberta por O Pasquim. Os nanicos existiam aos milhares, a maioria teve vida curta. Boa parte acabou por indigência financeira, divergência internas ou por má administração, mas o grande fator foi à abertura “lenta e gradual”. O forte dos alternativos eram as denúncias indignadas os que aos poucos passou a entrar na pauta da grande imprensa, e dessa forma os nanicos foram perdendo espaço. A grande imprensa tem qualidade gráfica, conteúdo e ousadia para inovar.


Padrão da Imprensa

Vários especialistas acham que o padrão da imprensa é alto. Ainda falta uma melhoria técnica de impressão e diminuir a falta de contraste em suas páginas. Em compensação, primam pela dinâmica em seu conteúdo. E neste ponto estamos na frente dos jornais americanos. Convém explicar que isso é baseado nos principais órgãos de imprensa brasileiros.


Concorrência entre empresas

A concorrência entre empresas é saudável alias isso é bom para os leitores que tem o nível do jornal melhorado devido à concorrência e para os jornalistas que tem maior possibilidade de escolha onde trabalhar.

Estratégia dos jornais

Nos jornais existe uma estratégia organizada minuciosamente, como numa operação de guerra. As pesquisas de mercado também fazem parte da estratégia da informação. Com as pesquisas de mercado os órgãos de imprensa podem transmitir informações absolutamente confiáveis a seus leitores, sobre, literalmente, qualquer tema que dê na cabeça de algum editor. É claro que mesmo assim pode haver falhas. A imprensa procura saber a opinião do leitor sobre o que ela publica. Sob o ponto de vista mercadológico todo jornal ou revista é um produto. Portanto, deve tratar de agradar o seu consumidor, ou ele passa para a concorrência.

3. Como ser top de linha.


O segredo da boa reportagem e entrevista

O segredo da boa reportagem é procurar obter informações prévias sobre o assunto que vai cobrir. Quando sair a campo reúna a maior quantidade possível de informações, a fim de enriquecer o trabalho. Mesmo que o dado lhe pareça se interesse no momento, anote-o. Isso vale para qualquer assunto. Para entrevista vale o mesmo critério. Tenha o cuidado igualmente de fazer um roteiro do que vai perguntar.



Edição

A edição tem o objetivo de colocar em ordem a bagunça do material jornalístico que se tem em mãos. No caso de entrevistas, organizar as perguntas e respostas de maneira concisa, concatená-las com ritmo e equilíbrio. Mas sem mudar o sentido da entrevista. Todos os órgãos de imprensa fazem isso é editado tudo reportagens, notícias, artigos, ilustrações, fotos, mapas, gráficos, tabelas, textos de apoio, enfim tudo que aparece numa página imprensa é objeto de trabalho de edição.

Os jornais Brasileiros são bem escritos?

Poderiam ser melhores, na maioria das vezes as pessoas preferem saber das notícias pela televisão a pelos jornais. Freqüentemente, elas são escritas de forma tediosa, chata, com expressões inadequadas e construção incorreta.


Como noticiar os fatos

Primeiramente é preciso ter clareza, simplicidade, concisão. Quem dominar esses três valores é um dos que merecem fazer parte do primeiro time. É preciso escrever bem também, portanto, compre peça emprestado, freqüente bibliotecas, mas leia. Livros, revistas, jornais, tudo o que cair em suas mãos. A leitura vai ajudar a dominar a língua, a mais importante ferramenta de trabalho do jornalista. Além disso, tendo uma alta qualidade de texto você se livra do redator, ou copydesk.







4. Começa um novo tempo


A invasão da informática na redação

O que muda nas redações com essa invasão? Uma porção de coisas. A máquina de escrever, vira peça de museu. O piso que vivia coalhado de papéis agora permanecera limpo. O papel só é útil para quem sai à rua em busca de notícias. Os objetos usados pelos diagramadores vão para o lixo. O erro para quem escreve no final de cada linha já não é tão grave assim. O uso do negrito torna-se muito mais simples. As matérias possam facilmente ser transferidas de um terminal para outro. Em suma, são muitos os recursos da informatização.

Prós e contras da informatização

A vantagem prática da informatização é que ela contribui para agilizar a produção do jornal ou revista, maior dinamização entre os vários setores da imprensa. O lado ruim é que os revisores perderam o emprego.


5. Há outros profissionais no mercado

A importância da fotografia na imprensa

- Uma fotografia vale por 10 mil palavras – disse alguém. Essa frase define bem o valor da foto jornalística. Nem o mais talentoso redator seria capaz de traduzir com palavras todo o horror e brutalidade da guerra.
Uma porção de jornais brasileiros deixa a impressão que se tem é que muito deles parecem desconhecer que existem fotos sobre cada matéria. O que acostuma o redator a não se preocupar com o espaço para a foto.










O critério de valor

Editores costumam levar em conta mais de um fator. Em primeiro lugar figura a importância histórica a qualidade plástica, a felicidade em captar o momento preciso do acontecimento. Outras vezes, nada disso: o critério é meramente subjetivo. Muitas vezes, um trabalho mal acabado é escolhido em lugar de um de primeira qualidade, por ser mais autêntico como documento. Quem decide as fotos a serem publicadas é o editor de fotografia. A ele cabe sugerir o material mais sugestivo. Nem sempre os fotógrafos ficam satisfeitos com a escolha.



Onde a fotografia tem espaço

Praticamente todos os grandes jornais brasileiros dão destaque à fotografia. Alguns jornais dedicam sua primeira página a uma foto. Um bom índice de aproveitamento ocorre, em especial, nos cadernos de cultura e amenidades. Entre as revistas as fotografias também ocupam posições de destaque até mais do que nos jornais.





Qual é mais arriscado?

O fotógrafo arrisca mais do que o jornalista? Em muitos casos, sim. O repórter nem sempre precisa expor-se, por que pode observar os fatos mais distanciados ou até mesmo obter as informações posteriormente. O fotógrafo não tem essa chance. Eventualmente, isso pode significar a morte. Há outro fator agravante do perigo que o fotógrafo vive ou do cinegrafista. Inúmeras pessoas nem ligam muito quando vêem um repórter tomando anotações, mas podem virar feras quando percebem que uma objetiva ou câmera de tevê está em sua direção.


A autenticidade da fotografia

As fotografias não são uma prova certa devido as possíveis alterações que a imprensa pode fazer. Muita das vezes uma foto pode tanto ser suavizada como pode ser intensificada.
Em 1962, o líder comunista Luiz Carlos Prestes esteve em Caxias do Sul, RS, para uma conferência. Contrário à presença de Prestes na cidade, o padre Eugênio Giordani tratou de mobilizar a parcela mais conversadora para uma manifestação de protesto. Chegou a haver uma batalha campal na praça central da cidade. O padre estava à frente, portando um facão dos mais avantajados.
Assis Hoffmann, da sucursal de Última Hora, registrou tudo, inclusive o sacerdote brandido a arma contra os partidários de Prestes. UH não deixou de publicar na capa uma cena protagonizada pelo padre. Mas para não indisor-se com a ultracatólica comunidade caxiensem i diretor do jornal, Jorge de Miranda Jordão, escolheu a menos agressiva das fotos. E ainda pediu ao artista gráfico Jorge Ivan que a retocasse. Assim, graças à maquilagem, o que os leitores viram foi, em vez de um facão, Eugênio Giordanni segurando ao longo do corpo o que parecia ser uma quase inofensiva ripa de madeira.




Que atitude tomar

Fotógrafos jornalistas e cinegrafistas sempre estão preocupados em registrar cenas, acontecimentos e fatos. Efetivamente, essa é uma polêmica sempre em evidência. Em um incêndio, por exemplo, espera que estes profissionais ajudem em vez de cobrir os fatos. O que para os profissionais é um absurdo já que este não é o papel deles.

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